2 de fevereiro de 2013

Mini Fic - Tudo tão real


Mini Fic - Tudo o real

 Lágrimas caiam dos olhos de Denise enquanto passava a mão no cabelo de seu filho que dormia tranquilamente. Já passava das onze da noite, mas ela não estava com sono, ela queria passar o máximo de tempo possível com seu filho, então se deitou ao seu lado até adormecer.
 Acordou logo cedo e foi fazer o lanche, seu filho depois de um tempo também acordou e se sentou a mesa. Seu filho se chama Joseph, tem 17 anos e é filho único, mora com sua mãe em uma casa simples, mas nunca achou ruim, sempre gostou da vida que leva. Está de férias e sempre teve vontade de terminar o colegial para começar a faculdade, foi o que sempre quis.
_O que tem pra comer hoje?_ Perguntou
_Pão com manteiga e bolo._ Denise falou.
_Hum... Eu adoro bolo de cenoura com cobertura de chocolate._ Falou se deliciando com o bolo.
_Então come muito pra ficar forte.
_Mais forte?
_ Ah é! Esqueci que meu filho é o cara mais forte dessa cidade_ falou ironicamente.
_Rá rá rá, teve muita graça dona Denise._ falou também ironicamente.
 E assim passaram a manhã conversando e rindo de bobeiras... Mas Joseph não aguentava ficar mais em casa, passara suas férias sempre em casa. Só saia com sua mãe ou seu pai quando ia visitá-lo.
 Depois do almoço, Joseph não perdeu tempo.
_ Mãe será que posso sair hoje?
_Pra onde? Sozinho?
_ É, e sei lá, andar por aí, quem sabe pelo menos ir a uma praça._ falou torcendo para que sua mãe deixasse.
_ mas filho... É perigoso.
_ mãe, não sou mais criança.
_ É, você tem razão, tudo bem, mas apenas dar uma volta pela quadra ok.
_Ta, pelo menos isso._ falou se levantando do sofá e dando um beijo no rosto de sua mãe.
_Mas não demora, quero que volte antes de anoitecer.
_Ta bom mãe... Tchau. _falou saindo de casa o mais rápido possível.
 Joseph saiu de casa respirando fundo, estava um tempo bom, o sol alto, mais ainda sim um vento friozinho passava.  Ele começou a caminhar, estava com um sorriso enorme, enfim estava saindo sozinho sem sua mãe ou seu pai o supervisionando. Andava olhando as vitrines e as pessoas que passavam. Ao passar por uma loja de discos, notou a presença de uma garota, mais ou menos da sua idade, que parecia ser feita de ternura e beleza. Ele não sabia o que havia acontecido, mais não conseguiu parar de olhar para tamanha beleza. Abriu a porta e entrou, sem olhar para mais nada a não ser a garota. Aproximando-se timidamente, chegou ao balcão onde ela estava. Quando o viu, deu um sorriso, o sorriso mais lindo que ele já vira em toda sua vida, ficando ainda mais encantado.
_Posso ajudá-lo em alguma coisa?_ Perguntou a garota. Ele estava tão encantado com a garota que mal conseguia dizer que queria comprar um CD. Pegou o primeiro que encontrou, sem nem olhar de quem era.
_Esse aqui.
_Quer que eu embrulhe para presente?_ perguntou a garota sorrindo ainda mais. Ele apenas afirmou com a cabeça.
 Ela saiu do balcão e ele apenas a seguiu com os olhos. Não sabia o que estava acontecendo com ele, nunca sentira isso que estava sentindo agora, era algo diferente... E bom. Um pouco depois ela voltou, com o CD muito bem embalado.
_Aqui está._ falou com o mesmo belo sorriso, ele não conseguiu nem respirar direito. Pegou o pacote e saiu louco de vontade de ficar por ali, admirando aquela figura divina. Se sentou em uma praça que tinha ali de frente e ficou olhando a loja abobalhado.
 Denise estava lavando as vasilhas quando escutou a campainha tocar. Ela foi abrir a porta e encontrou Paul, pai de Joseph.
_Oi._falou lhe dando um abraço e entrando na casa._ Cadê Joseph?
_Saiu.
_sozinho?_falou assustado.
_É, ele tava querendo sair e eu não posso deixar ele aqui em casa sempre.
_Por que não foi com ele?
_Por que ele também precisa de um tempo só, mais liberdade... Ele já tem juízo, confio nele, e não sei mais quanto tempo ele vai estar aqui._falou se sentando no sofá e Paul se sentou ao seu lado.
_O que o medico falou?_ perguntou apreensivo
_Que ele não tem muito tempo._ falou já querendo chorar.
_ E ele sabe disso?
_Não contei nada a ele, mais acho que ele sabe de todo jeito... Ele sente.
 Joseph nasceu com uma doença que não tinha cura, ele nunca se importou com isso, sempre viveu como uma criança que não tivesse nada, a não ser quando a doença atacava... Ele sempre gostou de sua vida, nunca se julgou, ou sentiu raiva, a única coisa da qual ele tinha medo era da dor que seus pais iriam sentir ao partir.
 Ao ver abrir a porta, Denise limpou rapidamente suas lágrimas e se levantou.
_Foi bom o passeio filho?
_Foi o melhor passeio da minha vida._ falou com um sorriso bobo.
_Nossa, o que será que foi tão bom pra colocar esse sorriso no rosto do meu filhão?_ Paul falou o abraçando de lado.
_ O que veio fazer aqui?_ falou mudando de assunto rapidamente.
_Ué? Vim te visitar como sempre_ falou estranhando a pergunta do filho.
 E então eles passaram o resto da tarde conversando e se divertindo, quando anoiteceu seu pai foi embora, e ele nem conseguiu dormi, só conseguia pensar na garota e naquele lindo sorriso, como podia existir algo tão divino? Isso provava que Deus existia.
No outro dia, ele acordou bem cedo, estava animado. Sua mãe nem havia acordado ainda, então ele mesmo fez o lanche... Depois de um tempo sua mãe acordou com o barulho da cozinha, levantou assustada e foi até a cozinha e se deparou com Joseph mexendo no fogão.
_Filho o que está fazendo?
_Torradas._ falou a olhando com um sorriso. Estava com luvas de cozinha e tirando as torradas do forno. Sua mãe riu do que viu.
_O que aconteceu hein?
_ nada, só to com vontade de comer torradas.
_E acordou tão cedo só pra comer torradas?_ Denise perguntou se sentando a mesa.
_É.
_Então ta.
_Mãe... Será que... Posso sair hoje de novo?
_Ah! Entendi agora. Mas por que quer sair de novo? O que aconteceu de bom ontem hein?
_Nada, eu só quero sair só novamente.
 Ela pegou no rosto dele e passou o polegar sorrindo_ você parece tão bem.
_ E estou_ afirmou.
_Ok. Mas só depois do almoço.
_Ta._ falou todo animado, quase dando pulinhos de alegria, algo que seu coração estava fazendo.
 Então ele comeu rapidamente e depois decidiu ir assistir TV, já que ainda era muito cedo pra fazer o almoço. Mas nem sabia dizer o que estava passando, ele só conseguia pensar na garota, aquela garota, o que tinha de tão especial naquela garota? Por que ela não saia de sua cabeça? Talvez por ter uma beleza estonteante, uma voz macia e boa de se escutar, os olhos lindos e um sorriso... Perfeito. Ela era uma garota que qualquer garoto gostaria de namorar, de ficar ao lado.
_Filho vem almoçar._Denise o chamou. Joseph assustou, nem viu o tempo passar, mas ficou feliz por isso.
 Se levantou num pulo e comeu o mais rápido que pode, sua mãe ficou o olhando desconfiada, mas ele não estava nem aí, só queria sair e ver aquela garota de novo.
_Filho come mais devagar, pode engasgar.
_Não, eu to com pressa.
_Com pressa por quê?
_Pra sair mãe.
_Posso saber o que tem nesse passeio?
_Quando estiver com vontade de te falar, te falo prometo, mas preciso de privacidade, não concorda comigo?_ Mesmo que ela estivesse louca pra saber, ela tinha que concordar, ela sabia tudo sobre sua vida, mas todo jovem sempre tem segredinhos, e ele não era diferente dos outros.
 Depois de um tempo, que foi longo pra ele, saiu de casa, estava ansioso, não conseguia parar de pensar no que falar quando a visse. Passou olhando as vitrines das lojas como sempre, até chegar em frente a loja de discos e a ver, parecia ainda mais linda, como um anjo. Então entrou e já pegando um CD qualquer e colocando em cima do balcão.
_Quero esse._ falou, e a menina o olhou e deu um largo sorriso
_Quer que eu embrulhe pra presente?_ Perguntou, mas ele estava meio paralisado com tamanha beleza, seu sorriso, sua voz.. Mas ele não podia ficar mudo como da ultima vez.
_Érr... Sim._ Então ela sorriu novamente se levantando e saindo do balcão, ele a seguiu com os olhos novamente, ela estava linda, com uma blusa preta de mangas até o pulso mostrando um pouco da barriga, com uma saia jeans curta e um all star neutro. Ela tinha um corpo perfeito, principalmente vendo dessa saia, ele havia comprovado, qualquer um deveria gostar dela. Rapidamente ela voltou o entregando o pacote. _ Érr..._ ele pegou outro CD_ quero esse aqui também._ Ela deu um riso engraçado e contagiante.
_Quer que eu...
_Quero._ ele falou e ela sorriu pegando o CD da mão dele e indo embrulhar novamente. Rapidamente voltou.
_Aqui está.
_Obrigado._ falou e se virou pra sair.
_Volte sempre._ ela falou e ele se virou pra olhá-la e deu um sorriso e saiu da loja indo embora. Com certeza ele iria voltar.
 Quando chegou em casa sua mãe estava assistindo TV, ele estava com o mesmo sorriso no rosto de quando chegou em casa no outro dia. Ele se sentou ao lado de sua mãe e ficou olhando pra TV, mas sua mãe sabia que ele não estava prestando atenção, estava com um olhar distante. Denise deu um leve sorriso. Nunca vira seu filho assim, e ele parecia tão bem, como se ele não estivesse doente, como se aquilo fosse um pesadelo, mas ela acordou e estava bem longe de sua vida, mas não, era real e isso não mudaria. Mas de qualquer forma estava feliz de ver seu filho assim, era uma coisa tão boa, que a deixava feliz também. Mas sempre tinha aquela curiosidade, “O que será que tem na rua?” Estava com medo de seu filho ter se apaixonado. Por que nessa idade isso é fácil de se acontecer, mas tinha medo do futuro, será que deixava rolar? Ela respirou fundo e se focou na TV, não queria ficar pensando nisso.
 No outro dia foi a mesma coisa, ele pediu pra sua mãe pra sair e ela vendo sua felicidade deixou novamente.
 Enquanto andava na rua ficava pensando no que falar, não podia ficar só assim. Mas ele ficava paralisado quando a via, não conseguia se mexer era algo natural.
 Então entrou na loja e ela o olhou e deu aquele leve sorriso lindo e paralisante. Ele praguejou mentalmente por parar e ficar que nem um trouxa, mas então olhou pro chão e começou a andar até um lugar cheio de CDs, fingiu que estava olhando até pegar um. E realmente ele nem sabia quem era aquela banda. Então colocou em cima do balcão.
_Quer que eu embrulhe pra presente?_ Ela perguntou e parecia bem divertida.
_Sim, claro._ falou gaguejado.
 Então ela saiu do balcão e como sempre ele ficou a olhando. Hoje ela estava diferente, estava com uma blusa preta colada de mangas até o pulso transparente, mas com uma regata da mesma cor pro baixo mostrando um pouco da barriga, com uma calça jeans e um all star preto. E também estava com aquele cabelo preto, liso e enorme solto. Estava como sempre linda. E ele se pegou novamente encantado, não tinha como não ficar. Rapidamente ela voltou.
_Aqui está... Érr...
_Joseph!_falou sem jeito.
_Joseph!_ repetiu e riu.
_Mas pode me chamar de Joe._ falou nervoso batendo os dedos uns nos outros.
_Joe... Bonito seu nome._ falou o entregando o CD.
_Obrigado._ falou sem jeito, e então se virou pra sair.
_Não vai querer saber meu nome?_ falou meio desesperada. Ele parou na hora e se virou.
_Érr... Claro, me desculpe.
_Não tem problema... _ soltou um riso_ Me chamo Demétria, mas todos me chamam de Demi._ falou estendendo a mão. Ele sorriu e se aproximou pra pegar sua mão. Quando o fez, ele parou de rir e a olhou respirando fundo, ela percebeu o olhar dele e também parou de rir. Pra ele era uma das melhores coisas que ele já fizera na vida. Ele estava a tocando, estava sentindo sua pele de veludo, era algo tão bom. Ela riu pra ele e ele devolveu, os dois estavam surpresos. Então ele a soltou, mesmo querendo ficar ali pra sempre. Se virou e saiu da loja.
 Daquele dia em diante, todas as tardes voltava à loja de discos e comprava um CD qualquer. Todas as vezes Demi deixava o balcão e voltava com um embrulho cada vez mais bem feito, que ele guardava com carinho no closet, sem nem abrir. Ele estava apaixonado, mais tinha medo da reação dela, assim, por mais que ela o recebesse com um sorriso doce, não tinha coragem para convidá-la para sair e conversar. Então resolveu comentar sobre isso com sua mãe.
_Mãe podemos conversar.
_Claro filho.
_É sobre todas as tardes que ando saindo._ falou sem jeito.
_Oh que bom, estou louca pra saber o que é.
_Estou apaixonado._ o sorriso de sua mãe sumiu
_O que?
_Eu me apaixonei mãe, ela é linda...
_E passava todas as tardes com ela?
_Não é bem assim, não tive coragem de chamá-la pra sair ainda.
_Como assim?
Respirou fundo_ Ela é a garota da loja de discos, todo dia compro um CD só pra vela, já conversei bobeiras com ela, mais nunca tive coragem de falar o que sento por ela. Ela é uma garota linda, simpática, não sei se gosta de mim, sempre que chego ela da um sorriso doce, o mais lindo que já vi, mas não sei se gosta de mim._ sua mãe deu um leve sorriso.
_Quem não gosta de um garoto lindo como você?_ falou apertando a mão dele.
_Será?
_É claro! Chame ela pra sair, sei que irá conseguir._ os riram um pro outro e então se abraçaram._ Fico feliz por você.
_Obrigado.
 Então no outro dia, ele se encheu de coragem e foi para loja. Como todos os dias comprou um CD e, como sempre, ela foi embrulhá-lo. Quando ela não estava vendo, escondeu um papel com seu nome e telefone no balcão e saiu da loja correndo.
 Nesse dia Demi foi embora com o papel em sua mão, ao entrar em casa ligou para suas amigas Selena e Miley para que fossem até sua casa. Ao chegarem estavam super curiosas.
_O Joe me deixou esse papel no balcão, está o telefone dele._ falou sem jeito e ao mesmo tempo feliz.
_Sério?_ Miley perguntou surpresa e Demi apenas assentiu.
_ O que eu faço?
_Nada!_ Selena falou._ Deixa ele te ligar primeiro._ Demi respirou fundo fechando a cara.
_Ta bom._ Demi falou sem ânimo nenhum.
 Então no outro dia ela foi pro trabalho, ficou ansiosa o esperando, mais ele não apareceu... E os outros dias também não. Então ao chegar em casa encontrou com suas amigas novamente. Entraram no quarto e voltaram a conversar.
_E então, nada mudou?_ Selena perguntou.
_Não mais... Faz três dias que ele não vai mais na loja.
_Ele deve estar esperando você ligar pra ele._ Miley falou.
_Será?_ Demi perguntou confusa.
_ Vamos tentar._ Selena falou a estendendo o celular
 Ela discou o numero e o telefone chamou. Denise atendeu.
_Alô?
_Oi, o Joseph está?_ Perguntou Demi. A mãe, desconsolada, nem perguntou quem era, começou a chorar.
_Então você não sabe? Faleceu antes de ontem.
 Demi arregalou os olhos e ficou paralisada, o celular caindo de sua mão.
_O que foi?_ Miley perguntou preocupada. Mas Demi nada disse.
_Demi o que aconteceu?_ Selena perguntou se levantando e indo até a amiga.
 Demi não deu conta de falar, apenas deixou que suas lágrimas caíssem. No meio de tantos garotos, ela foi se apaixonar por ele. Ele era o menino mais lindo que ela já vira em sua vida. Seus olhos, Seu sorriso, seu cabelo, seu corpo, seu jeito... Seu toque. Ela não podia acreditar que isso estava acontecendo com ela. Aquilo só podia ser mentira, não era real... Por que tudo tinha que ser tão real?
_ Quem era? _Paul perguntou
_Não sei._ Denise falou chorando._ Estava perguntando pelo Joe._Paul se levantou e a abraçou. No fundo Denise sabia que era Demi, e isso a deixava ainda mais triste.
 Mais tarde Denise entrou no quarto de seu filho, para olhar suas roupas e ficou muito surpresa com a quantidades de CDs, todos embrulhados. Ficou curiosa e decidiu abrir um deles. Ao fazê-lo, viu cair um pequeno pedaço de papel, onde estava escrito:
“Você é muito simpático, não quer me convidar para sair?
Eu adoraria”.
 Emocionada Denise abriu outro CD e dele também caiu um papel que dizia o mesmo, e assim, todos quanto ela abriu traziam uma mensagem de carinho e a esperança de conhecer Joe.
Fim!

 Não espere demais para dizer a alguém especial aquilo que você sente. Diga-o já; amanhã pode ser muito tarde.
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BEKA!!!!!!!!!!!!!
Comentem....
Se quiserem repostar p-odem, mas antes avisem ok!!!!!!!!!!!!!!!!! Comentem 

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