6 de dezembro de 2014

A Sobrinha – Cap. 1


Meus amores nova fic... Comentem e me avisem se gostaram ok.
Acho que não vai ser muito grande.


Biibiibii...

Ouço meu despertador tocar ao longe. Havia me esquecido de desativá-lo, era sábado e podia dormir até mais tarde.

Olhei para o quarto e vi que não era o meu. Um sorriso surgiu em meu rosto, isso só podia significar uma coisa...

Virei-me e abracei a barriga nua da garota a trazendo mais pra perto, a senti se mexer um pouco, Dani estava acordando... Bom, o nome dela era Daniela, mas eu a chamava de Dani. Estávamos ficando juntos há duas semanas, sabe como é né, amigos com benefícios, amizade colorida. Pelo menos pra mim era assim.

_Bom dia._ A garota disse com voz rouca de sono e se virou pra mim, arregalei os olhos ao ver que não era Dani. Na verdade eu mal sabia o nome da garota que estava comigo na cama.

_Bom dia._ Respondi sorrindo em seguida, a noite havia sido boa, isso era o que importava.

Meu despertador parou de tocar sozinho do meu outro quarto, o oficial, eu não era acostumado a levar garotas pra lá.

A garota me deu um selinho e em seguida intensifiquei o beijo, ela subiu em cima de mim e eu sorri entre o beijo, essa era apressadinha, era das minhas...

Mas pra acabar com o clima, escuto a campainha tocar, ela separou seus lábios dos meus e me olhou. A empurrei de leve e abri a gaveta e peguei um short. Havia colocado algumas roupas rápidas de se vestir pra quando precisasse que era quase sempre. Saí do quarto, desci as escadas e abri a porta.

_Oi_ Dani falou com um sorrisinho sem graça no rosto._ Érr... O porteiro já me conhece e me deixou entrar sem te avisar, bem, queria te fazer uma surpresa.

_Ah!_ Foi à única coisa que eu disse, fiquei sim surpreso. E como assim o porteiro já a conhecia? Já fazia muito tempo que estávamos juntos assim?

_ Posso?_ falou apontando pra dentro.

_Ah Claro!_ falei acordando.

Ela entrou e foi direto pra cozinha, eu a segui, ela colocou uma sacola, como aquelas de piquenique em cima de minha mesa e me olhou sorrindo.

_Eu desconfiei que ainda estivesse dormindo, então trouxe um lanche para lancharmos juntos.

_O que?_ falei com os olhos arregalados.

_Érr... Fiz algo de errado?

_É que...

_JOSEPH, QUANDO VOLTAR, TRÁS ALGUMA COISA PRA COMER, MEU ESTOMAGO ESTÁ RONCANDO._A garota do quarto gritou. Dani me olhou assustada, depois olhou pra escada, saiu correndo subindo as escadas, eu apenas a acompanhei, ela entrou no quarto e arregalou os olhos ao ver uma garota completamente nua em minha cama, coberta apenas pelo lençol fino.

_O que é isso?_ Dani perguntou.

_Quem é ela?_ A garota perguntou e Dani me olhou. Fiquei com medo de responder aquela pergunta.

_Érr... Dani o que ta fazendo aqui?

_O que? Eu vim ter um lanche romântico com você e é assim que você me recebe?

_Nós não temos nada, somos apenas amigos...

_O QUE?

_Amizade colorida, com benefício...

_O que ta acontecendo aqui?_ A garota perguntou se sentando na cama assustada.

_VAI EMBORA._ Dani gritou.

_É melhor você ir._ falei pegando suas roupas pelo chão e a entregando. Ela apenas pegou e saiu correndo.

_Então esse tempo todo você estava me usando?

_Não. Estávamos nos usando.

_Ai meu Deus, eu devia saber... Minhas amigas me avisaram, você fez a mesma coisa com elas, e achando que iria ser algo serio com nós dois._ Ela me olhou com fúria nos olhos._ Você cometeu um erro Joseph... Você não devia ter se metido comigo. Seu IDIOTA._ falou me dando um tapa bem forte e saiu correndo saindo do apartamento furiosamente.

Passei as mãos pelo rosto. Porque as garotas sempre achavam que eu queria algo serio? Eu nunca dei nenhuma brecha pra que elas pensassem isso... E mesmo assim o ciclo se repetia.

Fui para meu quarto, tirei o short, peguei minha toalha e me enfiei debaixo da água gelada. Fiquei ali uma meia hora, depois saí e vesti uma calça de moletom, arrumei meu cabelo e desci as escadas indo pra cozinha. Comi algumas coisas que nunca faltava em minha geladeira e dentro de poucos minutos meu telefone toca... Sempre na mesma hora, eu sabia muito bem quem era.

_Oi pai._ falei.

_Oi Joseph. Como está?

_Estou bem.

_Qual é a garota de hoje?

_Ah, não tem garota._ Meu pai me ligava todo sábado, bom, eu morava em NY, longe, muito longe dele, ele e minha família vivia no Texas, meu estado natal, eu quis me mudar, ficar longe dos pais acaba dando um pouco de emoção, mas depois do tempo dá muita saudade, mas meu emprego estava apertado por agora.

_Que estranho. Todo sábado você tem uma garota do seu lado, o que aconteceu? Enfim se apaixonou?

_Credo pai... Claro que não!

_Ah! Pelo que eu vi não vou estar vivo quando meu neto nascer.

_Vai sonhando, não vou ter filhos.

_Joseph...

_Pai... Olha minha idade, se até hoje não tenho e nunca mudei de ideia, isso quer dizer que não vai acontecer. Sinto muito. O senhor já tem muitos netos e vai ter um bisneto há pouco tempo.

_Não é a mesma coisa, de cada filho o sentimento é diferente, todos são amor, mas emoções diferentes. Espero que um dia, saiba como é._ Falou com uma voz fraca e triste.

_Pai... Não vamos tocar nesse assunto mais Ok. Como mamãe está? E minhas irmãs?

_Estão todos bem, estão com saudades de você.

_Também estou com muita saudade delas. Quando tiver férias prometo ir visitá-los.

_E como está o trabalho?

_Tudo ótimo. Sabe como é né, ser chefe sempre é bom, trabalha pouco, ganha muito.

_Bom saber. Você batalhou muito pra chegar até esse cargo.

_Aham.

_Bom, te liguei pra avisar que Demetria deve estar chegando aí há pouco tempo e quero que vá vê-la no aeroporto.

_Acha que eu esqueci? Estou olhando as horas o tempo todo, agorinha estou indo.

_Sabe como é né, às vezes as garotas nos fazem esquecer compromissos.

_Não se preocupe que eu nunca deixaria Demetria sozinha. Ainda mais em uma cidade que ela mal conhece.

_Ok filho. Fique com Deus.

_Você também. Manda beijos pras minhas irmãs queridas e minha mamãe.

_Ta bom. Tchau._ E desligou.

Coloquei o telefone no lugar, subi as escadas troquei de roupa, desci até a sala, peguei a chave do carro e apertei o botão do elevador. Bom, meu apartamento era daqueles bem caro, mas também bem bonito. O elevador vai direto pra minha sala, a casa é completamente clara, cores neutras, praticamente quase toda branca, o sofá é branco com a mesinha de vidro... Em cima do meu apartamento tinha o terraço, completamente meu.

Desci até a garagem e entrei em minha BMW preta. Arranquei o carro e fui em direção ao aeroporto. Chegando lá, ainda estava um pouco cedo então parei em uma cafeteria, pedi um capuchino e comprei uma revista. Fiquei entretido até a hora em que o vôo chegou, corri até os portões e fiquei olhando, muita gente saía, mas nada de Demi, até que acabaram as pessoas e não a vi, olhei pros lados pra ver se ela já havia saído e eu não tinha percebido. Até que escutei uma garota pedindo ajuda com as malas pra algumas pessoas e a olhei... Arregalei os olhos... Meu Deus! Aquela era a Demi? Cheguei perto.

_Demi?_ Ela me olhou e sorriu.

_Tio Joe._ Falou me abraçando forte sem largar uma cesta.

_Caramba, é você mesma?_ perguntei ainda abraçando-a.

_Sou. Ai que saudade, não sabe o quanto senti sua falta._ Falou me beijando no rosto. _ O que faz aqui?

_Vim te buscar._ Falei

_Então expulsou uma garota de seu apartamento para vir me buscar?_ Sorri. Eu teria feito isso se Dani não tivesse aparecido, e ainda bem que ela apareceu... Nosso caso tava indo longe demais.

Ela se afastou e olhei pra cesta vendo um bebê dormindo.

_Oh Deus! Já nasceu?

_Já._ Demi gargalhou._ Você ta um pouco por fora né.

_Demais._ falei percebendo quanto tempo havia ficado longe de minha família._ Vem, vamos comer alguma coisa e você me conta as novidades.

_Ok! Só me ajude com as malas.

 

Parei o carro em frente a uma lanchonete, descemos e nos sentamos um uma mesa pedindo algumas coisas para Demi, eu já havia comido. Demi segurava seu filho nos braços, ele estava adormecido, parecia uma boneca.

_E as garotas Joseph? Continua como sempre né.

_É._ Sorri e ela balançou a cabeça em negação.

_Ah! Você não aprende mesmo.

_Ah! Não vem me dar lição de moral ok._ A olhei_ Demi, você está com quantos anos?

_Nossa! Se esqueceu até da minha idade._ Ela olhou pra mulher que estava colocando o lanche na mesa e balançou a cabeça em agradecimento._ Tenho 19 anos tiozinho.

_ Uau, você está um mulherão._ Demi riu ficando com as bochechas levemente rosadas, do jeito em que me lembrava.

_E como está com 28 anos? Melhor do que nunca né, pegando cada vez mais. Por que você também ta um pedaço de mau caminho._ gargalhei.

_E seu senso de humor continua o mesmo.

_Que foi? Não estou mentindo._ falou agora seria, estremeci com seu olhar.

_E Selena? Como está?

_Mamãe ficou com medo de me deixar vir pra onde você está. Sabe como é, onde a má influência está._ gargalhei.

_ É a cara de Selena. Ela quase me matou quando descobriu que todos os dias eu deixava você assistir aqueles seriados proibido para menores._ Demi gargalhou... Aaah que saudade daquela risada._ Pra uma garota de sete anos, você bem que entendia a graça.

_Sempre fui muito esperta.

_É. Me lembro muito bem que você ficava me espionando pela porta do meu quarto quando eu ia trocar de roupa ou estava com uma garota.

_Ah! Não se faça de santinho, você sempre soube que eu ficava te olhando quando ia trocar de roupa e por que não trancava a porta quando ia ficar com uma garota?

_Por que não havia necessidade, não passava dos limites. Não na casa dos meus pais._ Rimos.

_ Passamos tantos momentos bons juntos. Por que foi embora?

_Por que já tava passando da hora. E também Selena foi embora te levando junto, ficou bem sem graça lá em casa._ Demi riu sem graça olhando pra seu filho que se esticava, das pontinhas dos dedinhos dos pés até as mãozinhas que se fecharam e bocejou._Talvez se eu estivesse lá, você não teria que passar por isso.

_Ele não tem culpa de nada. Ele é uma das melhores coisas que já me aconteceu, não posso culpá-lo. A culpa foi minha de ter acreditado no pai dele.

_Não devia ter se entregado._ Demi me olhou.

_Você me falando isso?

_Demi, somos diferentes, você é apenas uma menina, e eu não tenho nenhum filho por aí.

_Joe.... Aconteceu... Não tem como voltar atrás. E mesmo se pudesse não voltaria, você não sabe o amor que sinto por essa coisinha._ Falou beijando uma de suas mãozinhas.

_E... E o... _ Não conseguia falar o nome dele._ E o cara?

_O Brad? Ele me deu uma bela quantia e foi embora.

_Que desgraçado.

_Você não sabe como fiquei. Fiquei... Fiquei chocada... Achei que meu mundo ia acabar, mas quando ele... Quando ele nasceu percebi que não posso desistir assim tão fácil._ Ela respirou fundo.

_Como você está?

_Me senti sufocada, por mim já tinha ido embora antes do Texas, mas queria que vovô o visse. Então esperei nascer pra vir embora. Você tinha que ver a cara do vovô, os olhinhos dele brilharam tanto.

_Posso imaginar.

_ Mas mamãe não me deixava em paz, estava preocupada de mais, então falei que iria Fazer faculdade fora e o primeiro lugar que veio em minha mente foi Nova York. Você já estava aqui mesmo.

_Bela escolha.

_Bom, e com o dinheiro que o Brad me deu da pra comprar um apartamento e bancar meu filho por um bom tempo.

_Tenho vontade de voltar pro Texas só pra quebrar a cara dele.

_Ah Tio, faça-me o favor, vocês não são tão diferentes assim ok._ Abri a boca pra lhe dar má resposta, mas não saiu nada, ela tinha razão, eu já fui um “Brad” na vida e talvez ainda seja. Me senti horrível por isso.

_Eu não faria isso que ele fez com você.

_O que? Você se casaria comigo?_ Respirei fundo.

_Ah! Sei lá. Mas não sumiria assim e sempre estaria presente na vida de meu filho.

_É. Desculpa. Você é mil vezes melhor que ele. Não posso comparar._ falou bebericando seu suco. O bebê se mexeu novamente fazendo um barulho baixo e agudo sair de sua garganta.

_Qual é o nome?_ Perguntei._ Ainda não sei._ Demi me olhou e riu.

_Kyle. Eu gostei desse nome e coloquei.

_Kyle. Lindo nome. E ta com quanto tempo de nascido?

_Três. Quase quatro meses._ Falou o olhando com tanto amor que transmitia pra mim._ Está bem novinho ainda.

_É.

_Vamos, já terminei.

_Vai lá pra casa?

_Não. Minha mãe pagou um apartamento pra mim e ela falou que vai pagar minha faculdade também, quero achar um emprego logo pra começar a me bancar.

_Tem certeza de que não quer ir pro meu apartamento? Lá você não vai precisar gastar. E você por agora está precisando de muita ajuda.

_Não Tio. Não quero viver à custa dos outros.

_Serio mesmo que você ta falando isso pra mim. Nós sempre moramos juntos.

_As coisas mudam.

_Ok. Onde é o seu apartamento?_ Ela pegou um papel na bolsa do bebê.

_Esse é o endereço.

_Caramba, é um pouco longe da minha casa._ Ela me olhou com um olhar de sinto muito, com certeza ela também queria morar perto de mim.

_Vamos.
 
Continua.
 
Está aí a nova fic galera. Espero que gostem e cometem por favor. Cadê os seguidores??
BJOKS.

4 comentários:

  1. Como assim sao parentes??
    E de primeiro grau ainda??
    poxaa, ai e foda eein
    se pelo menos fosse adotada e um pouco mais velhaa...

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  2. Eles n vão ser um casal ne? Pq tipo sao sobrinha e tio, seria meio estranho. Mas a fic ta otima eu adorei

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  3. Amei a nova fic. Nem sei o que pensar sobre Demi e Joe. Posta logo, to ansiosa por mais.

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